Um jovem de apenas 21 anos de idade, viciado em crack e com pelo menos 20 passagens pela polícia por uso de entorpecente e por furto, identificado por C.S.O., cometeu um crime bárbaro que chocou a pequena cidade de Barra Velha no litoral Norte Catarinense.
Depois de pedir a senha do wifi à vítima, ele simplesmente sentiu vontade de matá-la depois de ter ‘pensamentos satânicos’, voltou e assim o fez.
Com um fio, ele entrou na casa da vítima, a idosa Maria de Lourdes da Silva, que no dia 03 de dezembro próximo completaria 66 anos, e a estrangulou. O corpo foi localizado horas depois por uma amiga que sentiu falta da idosa.
O crime, segundo a Polícia Militar local, foi descoberto na tarde de domingo, 29, quando a vizinha de Maria foi até a casa dela, localizada na rua João Anselmo Brenneisen, no bairro São Cristóvão.
Em relato aos policiais, ela detalhou que estranhou o fato de a porta estar trancada e tudo estar no mais completo silêncio. Em seguida ela precisou pular a janela e se deparou com a vítima aparentemente morta. Imediatamente ela gritou para os vizinhos e ligou para os Bombeiros.
Os bombeiros foram ao local e infelizmente confirmaram o óbito. Segundo a guarnição que atendeu a ocorrência, o corpo da idosa foi encontrado seminu.
Ainda segundo a vizinha da idosa, ela ‘não apresentava nenhum quadro de depressão e nunca deu indícios de que poderia cometer suicídio’.
Outro fato que chamou a atenção dos socorristas e da própria polícia, levantando a suspeito de que no local na verdade havia sido cometido um crime de homicídio, foi de que o fio enrolado no pescoço de Maria, não estava preso a qualquer outro ponto fixo, indicando que a vítima possivelmente não se pendurou para cometer suicídio.
Diante dos fatos a Polícia Civil e Científica também foram acionadas para realização de perícia no local. Posterior a isso o cadáver foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para realização de necropsia para confirmar a causa morte e também confirmar ou descartar a hipótese de a idosa também ter sido violentada sexualmente.
PESO NA CONSCIÊNCIA – Depois de cometer o crime, C.S., disse ter se arrependido e resolveu se entregar à polícia. A linha exata do tempo ainda não foi esclarecida, mas segundo ele, era por volta das 14 horas de sábado, 28, quando foi até a casa de Maria e pediu a senha da internet.
Vizinhos teriam visto Maria por volta das 22 horas do mesmo dia, então o que a polícia e o laudo cadavérico vão determinar agora, é que horas exatamente a morte aconteceu e como, mas provavelmente na madrugada de sábado para domingo.
Ainda aos policiais, o principal suspeito, disse que: passou várias coisas pela cabeça dele até o momento de estrangula lá. “Bateu um peso na minha consciência e resolvi me entregar”, disse ele. “Sou usuário de crack, não estou com nenhuma lesão e já conhecia ela de conversar”.
No momento em que ele resolveu se entregar à polícia, C. estava de posse de uma tornozeleira danificada. Apesar de já ter passado do tempo de flagrância, o suspeito continua à disposição da Justiça e apesar da confissão a polícia vai investigar se C. estava realmente sozinho ou se um terceiro participou do crime.