O senador Esperidião Amin (PP-ES) afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sabiam dos riscos de vandalismo nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro. O parlamentar fez a declaração hoje, 6, durante sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os protestos. Amin foi candidato ao governo de Santa Catarina nas eleições do ano passado.
Amin pediu o acesso e a quebra de sigilo dos relatórios de inteligência em posse de uma comissão do Congresso. O senador ainda solicitou que a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), inclua no relatório os 11 alertas feitos desde 6 de janeiro sobre os perigos de invasão do Congresso, do Judiciário e do Planalto.
O parlamentar lembrou que os três relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e um despacho do ministro Alexandre de Moraes — sobre o mesmo assunto — deveriam estar livres para o público.
“O STF e o TSE sabiam do risco iminente”, afirmou Amin, ao cobrar a revelação dos nomes dos servidores das Cortes que receberam as mensagens de alerta. “Omissões são tão criminosas quando as ações. E, como disse o presidente Lula, a porta do Palácio do Planalto estava aberta. Esconder os documentos, só se for para acobertar algo.”
Começa a CPMI do 8 de Janeiro
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), começou hoje e apura o ‘8 de Janeiro’. A sessão de apresentação e votação do plano de trabalho estava prevista para ocorrer em 1º de junho, mas foi adiada para esta semana.
Segundo a relatora da CPMI, houve modificações no plano de trabalho. As alterações levam em conta centenas de requerimentos apresentados pelos integrantes da comissão. A apresentação do roteiro para as atividades está a cargo da senadora.
Créditos: Terra Brasil