Segundo levantamentos da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), cada preso custa em média R$ 1.819 por mês aos cofres públicos. Esses são dados referentes a janeiro e fevereiro deste ano em 16 estados brasileiros. O valor é 37% maior do que o salário mínimo nacional: R$ 1.320.
Segundo a secretaria, que disponibiliza os dados estatísticos do Sistema Penitenciário Brasileiro, em janeiro as despesas totais dos estados com funcionários, alimentação, transporte, manutenção das instalações e outros serviços para os presídios foram de R$ 860,4 milhões. Já em fevereiro, esse valor subiu para R$ 953,1 milhões.
Ou seja, no primeiro mês do ano, cada um dos 497.080 presos gerou um custo médio de R$ 1.730,97 aos estados. No mês seguinte, a população prisional cresceu para 499.443, e os gastos subiram para R$ 1.908,43, o que gerou uma média de R$ 1.819,70 por mês.
Entre as causas com despesas desse porte estão: ineficiência do Estado em políticas como educação e emprego, além da necessidade de investimentos para evitar que as más condições dos presídios beneficiem facções no recrutamento de novos membros.
Os dados foram fornecidos por 16 estados. Embora o gasto médio nacional esteja em torno de R$ 1.819,7, três estados chamaram atenção por registrarem custos com valor superior ao dobro do salário mínimo atual: Mato Grosso do Sul, Piauí e Maranhão tiveram os maiores gastos médios: R$ 3.199,54, R$ 3.138,30 e R$ 2.745,60, respectivamente.
Já Paraná, Rondônia, Alagoas e Roraima estão entre os estados que menos desembolsaram para custear os presos. O estado paranaense gastou R$ 517,93; Rondônia, R$ 1.541,24; Alagoas, R$ 1.639,53; e Roraima, R$ 1.731,19.
A redação entrou em contato com a Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa (SAP) de Santa Catarina e aguarda respostas. A reportagem perguntou qual o custo mensal com cada preso, quantos presos o Estado mantém atualmente e quantas unidades prisionais estão ativas.
Créditos: R7








