A Mesa Diretora da Câmara ainda não se decidiu após a cassação do deputado Deltan Dallagnol (Pode-PR). Qualquer movimento só ocorrerá após a Mesa ser notificada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando a sentença transitar em julgado. Até agora, oficialmente, o caso sequer existe na Câmara.
Parlamentares ligados a Deltan pressionam o presidente Arthur Lira a salvar o ex-coordenador da Lava Jato, mas isso dependerá da mobilização contra a violência. Mas até os aliados estão céticos. Porém, segundo a Transparência Internacional, organização mundial anticorrupção, afirmo que a cassação “produzirá efeitos sistêmicos para a Justiça e a Democracia do país”.
Após notificada, a Câmara passa o processo para a corregedoria da Casa, que emite um parecer e envia para análise da Mesa Diretora. Mais rápida que a tramitação, Dallagnol já consta no sistema do TSE como “não eleito”. Mas no site da Câmara continua deputado.
O presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, está entre os líderes partidários mais indignados com a chocante cassação do deputado Deltan Dallagnol (Pode-PR): “Nossa democracia vive, certamente, seu pior momento”.
Durante discurso Dallagnol desmontou o pretexto do TSE para sua cassação: não havia processo disciplinar aberto contra ele. Portanto, acusá-lo de demitir-se para “escapar da investigação” é fake news.
A ex-procuradora e deputada Bia Kicis (PL-DF) confirma: não existia processo administrativo contra Deltan Dallagnol à época da candidatura, lorota usada para jogar no lixo os votos de 344 mil eleitores do deputado.
Segundo o deputado Gustavo Gayer (PL-GO), “soltaram os criminosos das prisões” e agora “estes estão prendendo os guardas.” Pior: tudo chancelado pela Justiça e apoiado pela imprensa”.
Para o deputado Kim Kataguiri (DEM_SP), a cassação de Deltan Dallagnol “não tem outro nome: é perseguição política”. “É o poste mijando no cachorro”, disse.
Fonte: Diário do Poder.








