O Corpo de Bombeiros Voluntários de Barra Velha faz um alerta importante à população: é tempo de reprodução dos gambás — também conhecidos como timbú ou saruê — e, por isso, é comum o aumento de aparições desses animais em áreas urbanas. A orientação é clara: respeitar o espaço do animal e nunca agredi-lo.
De acordo com o comandante Vânio Mattei, nesta época do ano, entre o outono e o inverno, os gambás saem mais em busca de alimento para garantir a sobrevivência de seus filhotes, que podem ser até oito por ninhada. Por isso, não é raro vê-los cruzando ruas ou procurando abrigo em locais mais protegidos, como quintais, garagens ou até mesmo sótãos de casas.
O gambá é o único marsupial das Américas, parente distante dos cangurus australianos. Ele carrega seus filhotes numa bolsa abdominal e possui papel fundamental no equilíbrio do ecossistema. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o gambá não é um roedor, e também não oferece riscos diretos aos seres humanos — a menos que seja acuado, o que pode levá-lo a se defender.
Esse pequeno mamífero é imune a diversos venenos de animais peçonhentos, como cobras e escorpiões, e por isso é um importante predador natural desses seres. Inclusive, alguns antídotos contra venenos de cobras são produzidos a partir de substâncias extraídas do gambá.
A dieta do animal é bastante diversificada: ele se alimenta de insetos, escorpiões, vermes, pequenas cobras, lacraias, ovos de aves e frutas. Essa alimentação o torna um verdadeiro aliado do ser humano no controle de pragas urbanas e na preservação do meio ambiente.
Como agir em caso de encontro com um gambá?
O Corpo de Bombeiros orienta: não agrida o animal. Nada de pedras, vassouras ou qualquer tipo de violência. O ideal é acionar os órgãos ambientais responsáveis ou os próprios bombeiros voluntários, que estão preparados para fazer a remoção de forma segura tanto para o animal quanto para as pessoas.
Caso o gambá tenha passado por algum local da residência, é recomendada a limpeza com água, sabão e álcool, como medida de precaução sanitária. No entanto, não há motivo para pânico: o gambá não ataca pessoas. Ele só reage se se sentir encurralado ou ameaçado.
“A proteção da fauna local é responsabilidade de todos. O gambá é um ser vivo que cumpre um papel importante na natureza e merece ser respeitado”, destaca o comandante Vânio Mattei.
A colaboração da comunidade é essencial para garantir a preservação dessa espécie e o equilíbrio do ecossistema local. Em caso de dúvidas ou necessidade de atendimento, entre em contato com o Corpo de Bombeiros Voluntários de Barra Velha.