Por Daniela Meller – Especial para o Portal DaniMeller.com
Barra Velha (SC) – O movimento pela realização de uma audiência pública para tratar da crise envolvendo moradores de rua em Barra Velha segue ganhando força. Após a mobilização popular, endossado pelo Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), a adesão do prefeito Daniel Cunha e do secretário municipal de Assistência Social, Idemar Trevisani, agora foi a vez de quatro vereadores da base governista se posicionarem a favor da proposta.
Os vereadores Caio Pinheiro (PL), Rubens Francisco ‘Rubinho’ (PL) Peterson (PSD) e Cebola (PSD), declararam ao portal danimeller.com total apoio à realização do encontro, que deverá reunir representantes do Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público e forças de segurança para debater soluções conjuntas para o aumento da população em situação de rua e seus impactos na segurança e ordem pública.
Apoio político cresce: “A Câmara está aberta para o povo”, diz vereador Caio
O vereador Caio Pinheiro, do PL, afirmou que a iniciativa é “importantíssima” e reforçou o papel do Legislativo como a voz da população.
“Importantíssimo essa proposta de audiência pública, manifestada pelos moradores e endossada pelo Conseg. No que depender de mim, estou a favor. É importante que todos os poderes se reúnam para decidir o que deve ser feito, dentro da lei. O aumento da população de rua tem prejudicado a cidade num todo — do comércio às propriedades privadas. Temos que buscar soluções que não prejudiquem ninguém: nem os comerciantes e moradores, nem esse público que precisa de oportunidades para sair do vício e reconstruir a vida”, declarou.
“Vamos estar juntos no debate”, reforça vereador Rubinho
Já o vereador Rubens Francisco ‘Rubinho’, também do PL, destacou que vem buscando diálogo direto com autoridades da segurança pública para somar esforços.
“Já conversei com a promotora e com a delegada. A gente precisa trabalhar em conjunto para que ninguém se prejudique. Pode ter certeza que estarei junto nesse debate na Câmara. Essa audiência precisa acontecer, sim”, disse Rubinho.
“Virou questão de segurança pública”, afirma vereador Peterson
Por fim, o vereador Peterson (PSD) destacou que o problema deixou de ser apenas social e se tornou também uma questão de segurança.
“Sou totalmente a favor da audiência pública. Precisamos unir Legislativo, Executivo e Judiciário, para traçar estratégias e encaminhar essas pessoas para tratamento ou retorno às suas cidades de origem. A cidade precisa de ordem. O morador de rua deixou de ser um programa social — hoje é um problema de segurança pública, e todos os poderes devem caminhar com o mesmo objetivo: tornar Barra Velha uma cidade próspera e segura”, afirmou.
“Precisamos reunir todas as esferas, inclusive o Judiciário”, afirma vereador Cebola
O vereador Cebola (PSD), também integrante da base de apoio ao prefeito Daniel Cunha, confirmou seu apoio à realização de uma audiência pública para tratar da crescente problemática dos moradores de rua no município.
Em entrevista ao portal, o parlamentar reforçou a necessidade de um debate amplo e integrado, destacando o papel fundamental de todos os setores da sociedade, com ênfase no Judiciário:
“É extremamente importante reunirmos pessoas de todas as esferas, principalmente o Judiciário, para tratarmos juntos desse assunto. Precisamos unir esforços para encontrar soluções que respeitem a lei e o bem-estar de todos.”
O vereador também destacou que o direito de ir e vir é garantido a todos, mas deve ser equilibrado com o dever do poder público de proteger a população e garantir a ordem na cidade.
“Todas as pessoas têm direito de ir e vir, como diz a expressão: ‘Seu direito termina onde começa o do outro’. Temos que amparar os moradores de rua, sim, mas também precisamos zelar pela população em geral.”
Com essa declaração, Cebola se junta aos vereadores Caio Pinheiro, Rubinho e Peterson, além do prefeito Daniel Cunha e do secretário de Assistência Social, Idemar Trevisani, fortalecendo ainda mais o apoio político à proposta de audiência pública, que segue em tramitação na Câmara.
Relembre: o início da mobilização e a adesão do Executivo
A proposta de audiência pública surgiu após a explosão de reclamações populares e um aumento expressivo de crimes patrimoniais na cidade, muitos deles atribuídos a pessoas em situação de rua. Um abaixo-assinado foi criado por moradores e comerciantes, e o pedido oficial foi protocolado na Câmara pelo Conseg, presidido por Teresinha Prosdócimo.
O prefeito Daniel Cunha foi um dos primeiros a manifestar apoio à proposta, destacando que o momento exige união de todos os poderes:
“A prefeitura tem feito sua parte. Agora é hora de todos se unirem: Executivo, Legislativo, Judiciário, Polícia e sociedade civil”, declarou.
Na mesma linha, o secretário de Assistência Social, Idemar Trevisani, também declarou apoio à proposta, defendendo que o debate trará esclarecimentos importantes sobre os limites legais e institucionais de atuação de cada setor.
“Não conseguimos resolver sozinhos. Temos limitações legais, mas buscamos fazer a nossa parte. Precisamos da ajuda de todos. Essa audiência é essencial”, disse Trevisani.
Campanha “Não dê esmola, dê dignidade” ganha força
Paralelamente ao pedido de audiência, a prefeitura lançou uma campanha de conscientização com o lema “Não dê esmola, dê dignidade”, com foco em orientar a população a não incentivar a permanência das pessoas nas ruas. A ação conta com a atuação diária de agentes da Assistência Social, que percorrem o comércio local distribuindo panfletos e orientando a comunidade a acionar os canais oficiais da prefeitura.
“A esmola não resolve, apenas perpetua o problema. Precisamos de união e mudança de cultura”, reforçou Trevisani.
Próximos passos
O pedido de audiência agora aguarda acolhimento e aprovação dos vereadores na Câmara Municipal. Uma vez aprovado, será marcada uma data para o evento, que será aberto ao público, com espaço para perguntas e participação da imprensa.
A expectativa é de que o encontro seja um divisor de águas na construção de soluções conjuntas, respeitando os limites da lei e os direitos de todos os envolvidos.
Participe
A população pode assinar o abaixo-assinado online e acompanhar as atualizações pelo portal:
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