Na segunda-feira, 31 de março, a Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Combate às Drogas (DECOD) do Departamento de Investigação Criminal de Florianópolis (DIC), desmantelou um centro de produção de skunk, uma droga altamente potente derivada da cannabis, em uma operação realizada no bairro Praia da Daniela, em Florianópolis. A ação, que cumpriu mandado de busca e apreensão, é o resultado de cinco meses de investigação focada na repressão ao cultivo e tráfico de substâncias ilícitas na capital catarinense.
Desmantelamento do Centro de Produção
Durante a operação, os policiais identificaram uma residência de alto padrão que havia sido adaptada para o cultivo e processamento de skunk. No local, foram apreendidos cerca de 350 pés de cannabis em diversos estágios de crescimento, bem como equipamentos utilizados na extração e processamento da droga. Na terça-feira, 1º de abril, as diligências continuaram, resultando na apreensão de aproximadamente 12 litros de óleo de cannabis, produto da extração realizada na propriedade.
O skunk é uma variante do maconha conhecida pela sua potência, com concentrações de tetrahidrocanabinol (THC) bem superiores às da maconha comum. O óleo de cannabis apreendido pode ser utilizado tanto para consumo em estado bruto quanto para fabricação de outras substâncias ilícitas.

O que é o Skunk e Quais os Riscos para a Saúde
O skunk é uma forma de cannabis geneticamente modificada para produzir um nível muito mais elevado de THC, o principal composto psicoativo da maconha. Essa variedade tem atraído a atenção por sua alta concentração de THC, que pode ser até cinco vezes superior à de variedades comuns de maconha. O skunk é frequentemente consumido através da inalação da fumaça ou vaporização, mas também pode ser utilizado de outras maneiras, como em forma de óleo ou concentrado.
Os efeitos do skunk no organismo são mais intensos e prejudiciais devido à alta concentração de THC. Entre os principais riscos à saúde associados ao consumo dessa droga, destacam-se:
- Dependência Psicológica: O uso frequente pode levar à dependência psicológica, afetando a capacidade de controle sobre o consumo.
- Problemas Mentais: O skunk pode agravar condições psicológicas pré-existentes e causar sintomas como ansiedade, paranoia e psicose. Usuários frequentes podem experimentar perda de memória, dificuldades de aprendizado e problemas de concentração.
- Problemas Respiratórios: A inalação da fumaça, seja do skunk ou de outras formas de cannabis, pode prejudicar os pulmões, aumentando o risco de doenças respiratórias crônicas, como bronquite e asma.
- Efeitos no Cérebro: O uso de skunk pode prejudicar o desenvolvimento do cérebro, especialmente em adolescentes, afetando a tomada de decisões, o controle de impulsos e a habilidade de julgamento.
- Aumento do Risco de Transtornos Psiquiátricos: O consumo de skunk tem sido associado ao aumento do risco de transtornos psiquiátricos, como esquizofrenia, especialmente em indivíduos geneticamente predispostos a esses quadros.

Próximos Passos e Investigações
A operação realizada pela DECOD/DIC resultou na apreensão significativa de substâncias e materiais utilizados para o cultivo e manufatura de skunk, mas as investigações continuam. O inquérito policial permanece em andamento, com a Polícia Civil focada na identificação e responsabilização de outros membros do grupo criminoso envolvido na produção e no tráfico de drogas.
A operação contou com o apoio da Polícia Científica, do Núcleo de Apoio da ACADEPOL e de um agente da DEIC, e é um reflexo do compromisso da Polícia Civil de Santa Catarina em combater o tráfico de drogas e a produção ilícita de substâncias que oferecem riscos à saúde da população.
A Polícia Civil alerta a população para a gravidade do consumo de substâncias como o skunk, e a importância da atuação conjunta da sociedade e das forças de segurança para prevenir os danos causados pelas drogas e coibir a criminalidade.
