Brusque/SC – 23 de janeiro de 2025
Sete pessoas foram pronunciadas por homicídio qualificado e crimes conexos, como porte ilegal de arma de fogo, ocultação de cadáver e furto, no caso do assassinato de um empresário de Brusque, Edinei da Maia, ocorrido em 22 de fevereiro de 2024. A decisão foi tomada nesta semana (21/01) pela Vara Criminal da comarca de Brusque.
O caso, inicialmente investigado como desaparecimento, ganhou contornos de sequestro, assassinato e ocultação de cadáver, com a descoberta de que o empresário, dono de uma marmoraria, havia sido sequestrado e morto em uma área de mata entre Brusque e Canelinha. O empresário tinha saído de casa sozinho para realizar um orçamento de um túmulo em Vidal Ramos (SC) e não retornou, o que gerou a investigação.
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) afirma que o assassinato foi motivado por um suposto caso extraconjugal entre a esposa da vítima e um dos réus. Juntamente com outros cinco homens, o acusado teria planejado a execução. Dias antes do crime, os envolvidos cavaram uma cova em um local isolado para ocultar o corpo da vítima.
De acordo com a denúncia, no dia do crime, o empresário foi atraído até Vidal Ramos, onde foi ameaçado com uma arma de fogo, amarrado e colocado no porta-malas de seu próprio carro. Posteriormente, ele foi transferido para outro veículo e levado até a área de mata, onde a cova já estava preparada. No local, o empresário foi brutalmente agredido na cabeça e no tórax, vindo a falecer no local. Após sua morte, o corpo foi enterrado.
O cadáver foi encontrado quase quatro meses depois, em 15 de junho de 2024, em avançado estado de decomposição, o que dificultou a determinação exata da causa da morte.
Entre os réus, a esposa da vítima foi pronunciada por homicídio qualificado, por motivo torpe, emboscada e surpresa, além de ocultação de cadáver e porte ilegal de arma de fogo. O homem apontado como parceiro no suposto relacionamento extraconjugal também foi acusado dos mesmos crimes, além de furto. Os outros cinco réus, incluindo quatro homens que teriam recebido pagamento ou promessa de recompensa, foram denunciados por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e, em alguns casos, porte ilegal de arma de fogo e furto.
A prisão preventiva dos réus foi mantida, com o direito de recorrerem em liberdade negado, devido à gravidade dos crimes e ao risco de reiteração criminosa. A decisão de 1º Grau ainda está sujeita a recursos, e o processo tramita sob sigilo.
Este caso chocou a comunidade local e continua sendo um dos mais complexos em Brusque nos últimos anos, com a justiça agora aguardando o julgamento dos réus no Tribunal do Júri.
Imagens: Divulgação/TJSC
Conteúdo: NCI/Assessoria de Imprensa
Pamyle Brugnago