Joinville (SC) – A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Proteção Animal do Departamento de Investigações Criminais (DIC) de Joinville, cumpriu na tarde desta quinta-feira, 07, um mandado de busca e apreensão no bairro Adhemar Garcia, como parte de uma investigação relacionada ao envenenamento de um cão, que infelizmente não resistiu e morreu.
Durante a ação, os policiais localizaram no interior da residência do investigado, um homem de 70 anos, uma substância conhecida popularmente como “chumbinho”, um veneno altamente tóxico e de comercialização proibida no Brasil. O produto foi encontrado armazenado de forma extremamente imprudente, dentro da geladeira, no mesmo compartimento onde estavam alimentos de consumo do próprio morador, colocando em risco sua própria vida.
A delegada Tânia Harada, responsável pela investigação, destacou a gravidade do caso. “Além do evidente risco à vida do animal, a forma de acondicionamento dessa substância representa perigo real também para seres humanos. É um comportamento absolutamente irresponsável”, afirmou.
O investigado vai responder pelo crime de maus-tratos contra animal doméstico com resultado morte, conforme previsto na Lei nº 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais). A pena para esse tipo de crime varia de 2 a 5 anos de reclusão, podendo ser aumentada de um sexto a um terço devido à morte do animal.
Investigações continuam e Polícia Civil faz alerta
A Polícia Civil segue com as investigações para identificar a origem e o vendedor da substância tóxica, cuja comercialização é ilegal em território nacional. Por se tratar de um produto clandestino e sem controle, não há antídoto eficaz, e a ingestão — acidental ou intencional — frequentemente resulta em morte rápida, tanto de animais quanto de seres humanos.
Casos de intoxicação acidental por crianças também já foram registrados em situações semelhantes, o que reforça o alerta da Polícia Civil sobre os perigos da aquisição e armazenamento desse tipo de veneno.
A população pode colaborar com as investigações e combater a venda ilegal do “chumbinho” por meio de denúncia anônima no telefone 181.