A Polícia Militar de Santa Catarina registrou mais um caso de estupro ocorrido na cidade de Camboriú. O crime ocorreu na tarde desta quarta-feira, 6, na Rua Monte Serrado. No dia 20 de julho um menino foi violentado dentro de uma igreja.
No caso mais recente, segundo o relato da vítima, uma menina de 11 anos, e da irmã dela, aos policiais do 12ºBPM, era período da tarde quando um primo delas, de 41 anos, surpreendeu a menina enquanto ela dormia. Ao acordar, ela percebeu que ele estava acariciando-a e a forçou praticar atos libidinosos.
Populares e vizinhos ao tomarem conhecimento dos fatos, passaram a agredir o suposto autor, que se evadiu do local antes da chegada da guarnição.
Posteriormente, o suspeito foi localizado e encaminhado para o hospital em decorrência das lesões e, em seguida, para a Delegacia de Polícia Civil.
OUTRO CASO – Na noite do dia 20 de julho, um menino de cinco anos foi vítima de estupro de vulnerável dentro de uma igreja localizada na Rua Francisco Bernardes, no município de Camboriú, Santa Catarina. O caso mobilizou a Polícia Militar, o Conselho Tutelar e a Polícia Civil, que já estão acompanhando a situação.
Segundo informações do 12º Batalhão da Polícia Militar, o abuso ocorreu enquanto a criança se dirigiu ao banheiro do templo religioso, acompanhada de um homem de 29 anos que estava no local. A demora de ambos em retornar chamou a atenção de testemunhas.
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Em casa, o menino relatou dor à mãe, que também percebeu alterações físicas que indicavam abuso. Ele foi levado imediatamente ao Hospital Ruth Cardoso, onde passou por avaliação médica especializada. Um exame de corpo de delito foi realizado para confirmar a ocorrência de violência sexual. O suspeito foi identificado, e as informações foram encaminhadas à Polícia Civil e ao Conselho Tutelar de Camboriú.
O papel do Conselho Tutelar
O Conselho Tutelar é um órgão autônomo criado para zelar pelos direitos de crianças e adolescentes, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Em casos como este, sua função é:
Acolher e proteger a vítima, garantindo atendimento psicológico, médico e social.
Acompanhar o caso, junto com a família, durante a investigação e eventuais processos judiciais.
Notificar órgãos competentes, como Ministério Público e Vara da Infância, se houver necessidade de medidas legais ou protetivas.
Orientar a família, especialmente nos cuidados pós-trauma e sobre os direitos da criança.
A atuação das polícias
A Polícia Militar atua no atendimento emergencial da ocorrência, garantindo a segurança no local, preservando provas e fazendo os primeiros encaminhamentos.
A Polícia Civil é responsável por conduzir a investigação criminal, ouvir depoimentos, reunir evidências e encaminhar o caso à Justiça. Em situações de abuso sexual infantil, a Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI), quando existente, pode ser acionada.
Como pais e responsáveis podem prevenir esse tipo de crime
A proteção das crianças depende da atenção constante de pais, responsáveis e instituições. Algumas medidas simples, mas eficazes, podem ajudar a prevenir situações de abuso:
Fale abertamente com a criança sobre o corpo e os limites: Ensine que ninguém tem o direito de tocá-la sem permissão e que ela pode contar tudo aos adultos de confiança.
Observe comportamentos incomuns: Mudanças no sono, no humor, no apetite ou no comportamento social podem ser sinais de alerta.
Esteja presente: A supervisão de adultos confiáveis é fundamental, inclusive em locais considerados seguros como igrejas, escolas e clubes.
Acompanhe os locais frequentados pela criança: Conheça as pessoas com quem ela convive e certifique-se de que há supervisão adequada.
Ensine que segredos sobre o corpo não devem ser guardados: Incentive a criança a contar se algo a deixou desconfortável, mesmo que a pessoa envolvida seja próxima da família ou da comunidade.
A importância da denúncia
Casos de abuso infantil devem ser denunciados imediatamente. Os canais disponíveis são:
Disque 100 – Canal nacional de denúncia de violações de direitos humanos.
Polícia Militar (190) – Para emergências.
Delegacias Especializadas ou Polícia Civil local.
Conselhos Tutelares municipais.
Um dever coletivo
A proteção das crianças é uma responsabilidade que vai além da família: é da sociedade como um todo. Os casos em Camboriú servem como um alerta para que instituições, famílias e cidadãos estejam atentos, informados e preparados para agir diante de qualquer sinal de violência contra menores.