Santa Catarina – O governador Jorginho Mello (PL) fez um pronunciamento incisivo nesta segunda-feira (16), por meio das redes sociais, sobre o aumento da população em situação de rua no estado. A fala foi acompanhada do anúncio de uma força-tarefa envolvendo as polícias Militar e Civil, com o objetivo de apoiar os municípios no enfrentamento do problema.
“Está todo mundo cansado de vagabundo que se disfarça de morador de rua para incomodar, para ameaçar e tirar a paz das pessoas de bem”, afirmou Mello. “Por isso, determinei uma força-tarefa com as nossas polícias para apoiar as prefeituras. Vamos entrar com estrutura, com apoio e recurso, inclusive para internação de quem precisa.”
Segundo o governador, a medida tem como foco restaurar a ordem e garantir segurança para a população. Ele declarou que a partir de agora, invasões em espaços públicos e privados por pessoas que se recusam a aceitar acolhimento serão tratadas com rigor:
“Se tem vaga em abrigo e a pessoa insiste em dormir no canteiro central, é invasor. Se precisa de ajuda médica, mas se recusa a aceitar, vai receber atendimento mesmo assim, se possível.”
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“Se o governo federal se omite e não cria uma política nacional séria para esse problema, nós vamos fazer a nossa parte. Vamos agir aqui em Santa Catarina com coragem, com responsabilidade e, acima de tudo, com respeito a quem trabalha e quer viver em paz.”
Por fim, ele se colocou à disposição dos prefeitos catarinenses:
“Prefeitos catarinenses, o governo do estado está junto para o que vocês precisarem. Esse desafio é de todos nós.”

Reação nas redes: apoio e elogios
A postagem gerou ampla repercussão nas redes sociais, especialmente entre apoiadores do governador, que elogiaram a firmeza e a disposição para agir diante de um tema sensível. Centenas de comentários celebraram a atitude:
“Parabéns, governador @jorginhomello por encarar esse problema de frente e com seriedade!”
“Nosso estado tem empregos sobrando, não há motivos para esse povo ficar na rua. Infelizmente muitos bandidos se disfarçam de moradores de rua.”
“Governador, conte comigo nessa luta. A população está pedindo socorro!”
Outros reforçaram o sentimento de insegurança e a necessidade de medidas urgentes. “Excelente atitude. E aos mimizentos, leve-os para sua casa”, escreveu um internauta. “Esse até agora é o melhor governador do Brasil”, publicou outra seguidora.
Barra Velha discute o tema em audiência pública
No litoral norte do estado, o município de Barra Velha também tem sido palco de debates sobre o crescimento desordenado da população de rua. O Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) solicitou à Câmara de Vereadores uma audiência pública, que foi aceita, mas ainda depende da chegada de uma nova promotora de Justiça para ser agendada.
Enquanto isso, o tema será pauta central da próxima reunião do Conseg, marcada para 5 de maio, na sede da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), no centro da cidade. De acordo com a presidente do conselho, Terezinha Prosdócimo, o objetivo é ouvir a comunidade e reunir todos os órgãos envolvidos para debater soluções:
“Convidamos representantes do legislativo, executivo, das secretarias, associações de moradores, Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros”, disse Terezinha.
A cidade tem registrado aumento de crimes contra o patrimônio, como furtos e arrombamentos, especialmente em áreas centrais. Relatos de ocupações irregulares, uso de drogas em espaços públicos e comportamentos agressivos vêm sendo frequentes, gerando sensação de insegurança entre moradores e comerciantes.
Expectativa por medidas efetivas
A pressão por respostas concretas não é exclusividade de Barra Velha. Em todo o estado, cresce o apelo por políticas públicas que combinem segurança com acolhimento social, saúde mental e reinserção. O desafio, segundo especialistas, exige ações articuladas entre prefeituras, estado e união.
Com a sinalização do governo estadual em liderar esse processo, a expectativa agora recai sobre como as prefeituras irão responder à convocação de Jorginho Mello — e se as ações anunciadas conseguirão ir além da repressão, atendendo também às causas sociais profundas do problema.
Redação – Santa Catarina, 16 de junho de 2025
Com informações das redes sociais, Conseg Barra Velha e Danimeller.com
