Ilhota (SC), 09 de junho de 2025 — Um homem foi picado por uma cobra da espécie jararaca na manhã desta segunda-feira (9), na Rua Manoel Francisco Adão, no bairro Minas, em Ilhota. A ocorrência mobilizou diversas forças de segurança e saúde da região, incluindo o Corpo de Bombeiros Voluntários de Ilhota, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), a Polícia Militar (PMSC) e o serviço aeromédico do SAMU.
A vítima, um homem adulto, relatou ter sido picado no pé. Às 11h, os Bombeiros Voluntários de Ilhota foram acionados e deslocaram-se rapidamente até o local com a viatura UTP 3924. Devido à gravidade potencial do envenenamento e à localização de difícil acesso, foi solicitado apoio aéreo imediato, resultando no envio do helicóptero Águia 07 da PMSC, com a equipe do SAMU aeromédico a bordo.
Além do resgate aéreo, uma viatura de Atendimento Suporte Urgente (ASU) do CBMSC, proveniente de Itajaí, também se deslocou para o local, oferecendo apoio logístico e de emergência. O atendimento coordenado garantiu que a vítima fosse estabilizada e rapidamente transportada ao Hospital Marieta Konder Bornhausen (HMMKB), em Itajaí.
A operação envolveu quatro bombeiros voluntários de Ilhota e foi coordenada pelo Subchefe Júnior. A divulgação da ocorrência ficou a cargo do Bombeiro Voluntário Merlini.
Sobre a jararaca
A jararaca (Bothrops jararaca) é uma das serpentes peçonhentas mais comuns do Brasil, especialmente na região Sul e Sudeste. É responsável por grande parte dos acidentes ofídicos no país. A espécie pode medir entre 1 a 1,5 metro de comprimento e possui coloração que varia entre tons de marrom, verde-oliva e cinza, com manchas escuras que ajudam na camuflagem.
É uma serpente agressiva quando se sente ameaçada e costuma viver em áreas de mata fechada, mas não é incomum que apareça em zonas rurais e até em regiões próximas a áreas urbanizadas, especialmente em períodos de chuva ou desmatamento.
Riscos da picada
A picada da jararaca injeta veneno que possui ação proteolítica, coagulante e hemorrágica. Os principais sintomas incluem:
- Dor intensa no local da picada;
- Inchaço e vermelhidão;
- Formação de bolhas;
- Sangramentos locais e sistêmicos;
- Complicações renais e necrose do tecido afetado.
Casos graves podem evoluir rapidamente e, se não tratados com o soro antiofídico adequado, levar à amputação ou óbito.
O que fazer em caso de picada de cobra
- Mantenha a vítima calma e imóvel, pois o movimento acelera a absorção do veneno.
- Lave o local com água e sabão, se possível.
- Não faça torniquete ou cortes no local da picada.
- Não tente sugar o veneno.
- Mantenha o membro afetado elevado na medida do possível.
- Leve a vítima imediatamente ao hospital.
- Tente identificar a cobra, sem arriscar a segurança. Uma foto pode ajudar no diagnóstico e tratamento.
Prevenção é essencial
- Use botas e calças compridas ao caminhar em áreas de mata ou trilha.
- Evite colocar as mãos em buracos ou sob troncos e pedras.
- Ilumine bem o caminho em áreas rurais ou florestais, especialmente à noite.
- Mantenha terrenos limpos e evite o acúmulo de entulhos.
A pronta resposta das autoridades em Ilhota e região destaca a importância da atuação integrada entre bombeiros voluntários, militares e equipes de saúde. Casos como esse reforçam a necessidade de conhecimento, prevenção e infraestrutura adequada para lidar com emergências envolvendo animais peçonhentos.
Fonte: Corpo de Bombeiros Voluntários de Ilhota/SC
Divulgação: BV Merlini