Nesta quinta-feira, 1º de maio, é celebrado o Dia do Trabalho, uma data marcada por lutas históricas e também por reflexões sobre os direitos conquistados pelos trabalhadores ao longo dos séculos.
A origem do Dia do Trabalho remonta ao final do século XIX, mais precisamente ao dia 1º de maio de 1886, em Chicago, nos Estados Unidos. Naquela ocasião, milhares de trabalhadores saíram às ruas para reivindicar melhores condições de trabalho, principalmente a redução da jornada para 8 horas diárias.
A mobilização resultou em confrontos com a polícia e, três dias depois, no que ficou conhecido como o Massacre da Haymarket, houve uma explosão durante uma manifestação, deixando mortos e feridos. Apesar da repressão, o movimento marcou um ponto de virada nas relações entre patrões e empregados.
Em reconhecimento à luta dos trabalhadores norte-americanos, o Congresso Internacional Socialista, realizado em Paris em 1889, instituiu o 1º de maio como o Dia Internacional dos Trabalhadores. Desde então, a data passou a ser comemorada em diversos países, inclusive no Brasil.
No Brasil, o Dia do Trabalho é feriado nacional desde 1925
A data passou a ser oficializada como feriado nacional pelo presidente Artur Bernardes em 1925, por meio do Decreto nº 4.859. Com o tempo, o 1º de maio também se tornou um momento de anúncio de medidas trabalhistas por parte dos governos, como a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em 1943, durante o governo Getúlio Vargas, uma das legislações mais significativas da história trabalhista do país.
Em 2025, a comemoração do Dia do Trabalho chega ao seu 139º aniversário internacional e ao centésimo ano como feriado nacional no Brasil. A data, além de reforçar o reconhecimento dos direitos trabalhistas, também serve para discutir novos desafios enfrentados pelos trabalhadores, como a informalidade, as transformações do mercado digital e os impactos da automação.

Ponto facultativo no dia 2 de maio em vários estados e municípios
Como o feriado de 2025 cairá em uma quinta-feira, muitos estados e municípios em todo o Brasil já decretaram ponto facultativo na sexta-feira (2 de maio), estendendo o feriado em um “feriadão” de quatro dias. Essa medida tem sido adotada tanto para facilitar o deslocamento de famílias quanto para estimular o turismo local e regional.
Cidades de diversos portes, especialmente aquelas com vocação turística, aproveitaram a ocasião para organizar programações culturais, feiras, festas populares e atividades de lazer. Em contrapartida, serviços essenciais continuam funcionando normalmente, como unidades de saúde em regime de plantão, segurança pública e atendimento emergencial.
Órgãos públicos que decretaram ponto facultativo em seus municípios também destacaram a importância de compensações de horas, seguindo os critérios da administração pública, garantindo a produtividade dos serviços após o recesso.
Reflexão e descanso
Para muitos brasileiros, o feriado é também um momento de descanso merecido, encontro com a família e amigos, e valorização das conquistas da classe trabalhadora. No entanto, é também um chamado à reflexão sobre os desafios atuais do mundo do trabalho, incluindo a precarização de vínculos empregatícios, a proteção a trabalhadores por aplicativos, a saúde mental no ambiente profissional e o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho.
Enquanto o 1º de maio é celebrado com atos públicos em várias capitais brasileiras — promovidos por centrais sindicais e movimentos sociais —, o que permanece intacto é o seu papel como um símbolo de luta, conquista e esperança por melhores condições de vida para todos os trabalhadores e trabalhadoras do país.