📅 Nesta quinta-feira, 24 de abril, é celebrado o Dia do Chimarrão, um dos maiores símbolos da identidade sulista — e que há muito deixou de ser exclusivo da região. Mais do que uma bebida quente e de sabor marcante, o chimarrão é expressão de cultura, memória, saúde e conexão entre pessoas.
De Santo Ângelo (RS) a Boa Vista (RR), a tradição se espalha e ganha novos significados, mantendo-se viva graças ao carinho de quem faz questão de levá-la consigo — esteja onde estiver.
🌿 Origem indígena e herança cultural
O chimarrão nasceu com os povos indígenas guaranis, que preparavam a infusão da erva-mate (Ilex paraguariensis) em rituais e para fins medicinais. Posteriormente, os jesuítas passaram a cultivar a planta e incentivaram seu consumo nas missões do Sul.
A partir daí, o hábito se consolidou no cotidiano do povo gaúcho — especialmente no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná — e também se enraizou em países vizinhos como Argentina, Uruguai e Paraguai, onde é conhecido como “mate”.
Do Sul ao Norte: tradição que viaja com as pessoas
Embora esteja profundamente ligado à cultura do sul do Brasil, o chimarrão hoje é encontrado nas mais diversas regiões. É o caso do empresário rural Nargel Meller dos Santos, de 40 anos, natural de Três de Maio (RS) e que vive em Roraima desde a infância:
“Mesmo morando em Roraima, onde o calor é forte, o chimarrão segue presente no nosso dia a dia. Tomamos de manhã e de tarde. Minha esposa, que é maranhense, e meus filhos, roraimenses, também tomam. Mesmo com a erva sendo mais cara aqui, mantemos a tradição. O chimarrão é o sabor da nossa casa, das nossas raízes.”
Além de manter o costume em casa, Nargel também compartilha seu cotidiano rural nas redes sociais, onde publica vídeos mostrando a vida no sítio, a lida no campo e, claro, sempre com uma cuia na mão. Ele utiliza seus perfis como forma de preservar e difundir a cultura gaúcha em terras distantes, mostrando que a tradição pode resistir e florescer onde quer que vá.
💚 Benefícios e mitos do chimarrão
O chimarrão é uma bebida rica em propriedades benéficas: contém antioxidantes, vitaminas do complexo B, cafeína natural e minerais como potássio e magnésio. Entre os benefícios mais conhecidos estão a melhora da digestão, estímulo à concentração e efeito energizante natural.
Mas há um alerta comum: o chimarrão causa câncer na garganta?
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a erva-mate em si não é cancerígena. O problema está na temperatura: bebidas muito quentes, consumidas com frequência, podem aumentar o risco de câncer de esôfago. Por isso, especialistas recomendam não ultrapassar os 70°C ao preparar o mate.
🧉 Afeto em forma de tradição
Para muitos, como a manicure Irene Meller Boneman, 62 anos, natural de Independência (RS) e moradora de Santo Ângelo, o chimarrão é uma extensão de si mesma:
“Numa das viagens para visitar meus sobrinhos em Roraima, tive dor de cabeça de tanto tempo sem chimarrão. A viagem de Porto Alegre até lá é bem longa, e de lá já seguimos até a Venezuela, para a Ilha de Margarita. Então foram pelo menos dois dias de muita vontade. O povo do Norte num geral não tem o costume, mas meus sobrinhos levaram consigo a tradição e hoje trazem mais pessoas para a roda! Esse gosto amargo me faz muito bem. É meu companheiro de todos os dias.”
🤝 Mais do que uma bebida
No Sul, compartilhar a cuia é um gesto de amizade, respeito e confiança. O ritual do chimarrão é coletivo: se faz em roda, se passa de mão em mão, se conversa. É cultura viva, que conecta pessoas.
Hoje, esse costume segue firme — seja nas praças geladas da fronteira ou sob o sol quente da Amazônia.
📣 Neste Dia do Chimarrão, celebre suas raízes.
Comemore a tradição. Valorize quem mantém viva a cultura que nos conecta.
🧉 Feliz Dia do Chimarrão!
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