A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO/DEIC), deflagrou na manhã desta quinta-feira, 20 de março, a operação “Tolerância Zero”. A ação visou cumprir 24 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão contra integrantes de uma organização criminosa envolvida em atos violentos ocorridos em outubro de 2024 na região da Grande Florianópolis. Durante a operação, 10 pessoas foram presas, sendo três delas em flagrante delito.

Ação Rápida e Determinada
Os mandados foram cumpridos nas cidades de Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça. Os criminosos alvos da operação estavam envolvidos em uma série de atentados violentos, incluindo a queima de veículos, bloqueios de vias públicas e ataques armados contra forças de segurança. O delegado titular da DRACO, Antônio Claudio Seixas Jóca, coordenador da operação, destacou que essa ação é uma resposta rápida e eficaz da Polícia Civil para combater os criminosos e facções envolvidas nos ataques.

O Caso de Outubro de 2024
O caso remonta aos acontecimentos de 19 de outubro de 2024, quando 10 integrantes de uma organização criminosa, fortemente armados, tentaram invadir uma comunidade localizada na região norte de Florianópolis. Apesar de não conseguirem completar a invasão, os criminosos se esconderam em uma área de mata e, a partir daí, a facção ordenou a execução de atos violentos na Grande Florianópolis com o objetivo de enfraquecer a presença policial na região. Como resultado, várias vias públicas foram fechadas com a queima de veículos e ataques armados contra os agentes de segurança.
Após esses atentados, uma investigação detalhada foi iniciada pela DRACO/DEIC, liderada pelo delegado Antônio Claudio Jóca. Através de um trabalho minucioso, os investigadores conseguiram identificar os membros da facção envolvidos nos ataques, além das lideranças que atuaram direta ou indiretamente nas ações criminosas.

Tolerância Zero: Resposta aos Atos de Vandalismo
Em entrevista coletiva, o delegado-geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel, afirmou que a operação “Tolerância Zero” é uma resposta direta ao vandalismo que ocorreu em outubro de 2024. “O governador Jorginho nos pediu tolerância zero com os criminosos que cometeram estes atos e, dada à complexidade deste caso, solicitamos que a DEIC assumisse a investigação”, afirmou Gabriel. Ele destacou ainda que a operação envolveu altos riscos, pois os criminosos pertencem a facções organizadas e possuem armamento pesado.
Apoio das Forças de Segurança
O delegado-geral também enalteceu o trabalho conjunto das forças de segurança no combate aos ataques. “A Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), o Corpo de Bombeiros Militar e a Polícia Científica desempenharam papéis fundamentais na cessação dos ataques e na identificação dos autores. A colaboração entre as diferentes instituições de segurança pública foi crucial para o sucesso desta operação”, afirmou.
Operação Continua em Curso
O delegado Daniel Régis, titular da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC), também destacou a importância da operação e o número de profissionais envolvidos. Mais de 150 policiais participaram da ação desta quinta-feira. “A operação de hoje é apenas a primeira fase, e nossa investigação continua. Vamos identificar todos os envolvidos nos ataques de outubro e garantir que respondam por seus crimes”, assegurou o delegado Régis.

Compromisso com a Segurança Pública
A DRACO/DEIC continua com a investigação aberta, e os policiais seguem em busca de mais envolvidos nos ataques. A operação “Tolerância Zero” reflete o compromisso da Polícia Civil em combater organizações criminosas que atuam de forma violenta e desestabilizam a ordem pública em Santa Catarina. A investigação é parte de um esforço contínuo para garantir a segurança e a tranquilidade da população, não permitindo que facções criminosas intimidem ou ameacem o bem-estar da sociedade.
A Polícia Civil de Santa Catarina reafirma seu compromisso com a segurança pública e com a eliminação das facções criminosas que buscam dominar as ruas e espalhar o caos na região.
Fotos: Leo Munhoz/SECOM