Na sexta-feira, 14 de março de 2025, a Polícia Civil de Navegantes, Santa Catarina, cumpriu o mandado de prisão preventiva de um corretor de imóveis acusado de praticar diversos crimes de estelionato e apropriação indébita. O indiciado, que até recentemente atuava no mercado imobiliário, foi preso após uma série de investigações que identificaram suas fraudes e enganações a diversas vítimas.
As primeiras denúncias contra o corretor começaram em dezembro de 2024, quando vítimas registraram boletins de ocorrência informando os golpes. Durante o curso da investigação, a polícia reuniu um robusto conjunto de evidências, que comprovaram que, em alguns casos, o mesmo imóvel foi vendido para mais de uma pessoa, gerando prejuízos financeiros para as vítimas. Além disso, o corretor se apropriava de valores que deveriam ser repassados aos proprietários dos imóveis, como arras (sinal de venda) e valores de aluguéis, e também cobrava quantias em dinheiro para o pagamento de supostas custas de ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis).
Após causar sérios danos financeiros, o corretor de imóveis encerrou abruptamente as atividades de sua empresa, a DS Imobiliária. No entanto, ele continuou a praticar os mesmos crimes, estabelecendo uma nova empresa em nome de sua esposa, com a intenção de seguir atuando no setor imobiliário de forma ilegal.
Em uma ação simultânea à prisão, a Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão, recolhendo diversos documentos que serão analisados pela equipe de investigação. Além disso, o bloqueio judicial de contas bancárias foi realizado, visando o ressarcimento dos prejuízos causados às vítimas. O valor bloqueado ultrapassa meio milhão de reais.
O CRECI (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) foi oficiado e tem prestado auxílio nas investigações, além de adotar as medidas administrativas pertinentes ao caso.
O Delegado Osnei de Oliveira, da Delegacia de Polícia Civil de Navegantes (DPCo), alertou às vítimas do estelionatário para que formalizem os boletins de ocorrência, a fim de que a Polícia Civil possa aprofundar as investigações e responsabilizar o autor dos crimes. “A população pode contar com a Polícia Civil para apurar e punir os responsáveis por crimes como esse, que causam grandes prejuízos às pessoas”, afirmou o delegado.
A Polícia Civil mantém canais abertos de comunicação com a sociedade, garantindo o anonimato para aqueles que desejam repassar informações. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone 181 ou pelo WhatsApp (47) 3398-6400.