A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Homicídios da DIC de Itajaí (DH/DIC), concluiu a primeira fase do Inquérito Policial que investiga o caso de feminicídio e ocultação de cadáver da jovem Maria Gabriela Nunes, de 14 anos, vítima de um crime brutal ocorrido no dia 12 de fevereiro de 2025, no bairro Brilhante, em Itajaí. O principal suspeito é Anderson Burigo, namorado da vítima, que foi indiciado por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e violência psicológica.
O crime foi desvendado após intensas diligências da Polícia Civil. Burigo, que havia sido preso temporariamente no dia 15 de fevereiro, foi formalmente indiciado pela morte de Maria Gabriela na última quinta-feira, 13 de março. A motivação do feminicídio estaria relacionada ao desejo da adolescente de terminar o relacionamento com o autor, bem como ao ciúme exacerbado e ao sentimento de posse que ele nutria por ela.
Além do homicídio, as investigações revelaram que o indiciado exercia violência psicológica sobre a vítima, controlando suas ações e ameaçando-a constantemente. A conduta abusiva incluía constrangimentos e tentativas de isolar Maria Gabriela de seus amigos e familiares, o que configurou um ciclo de violência emocional e psicológica, antecedendo o trágico desfecho.
Após o indiciamento, a Polícia Civil solicitou a conversão da prisão temporária de Burigo para prisão preventiva, um pedido que foi prontamente deferido pelo Poder Judiciário, garantindo que o autor do crime responda ao processo preso.
A Polícia Civil segue com as investigações, que incluem a análise de conteúdos extraídos dos aparelhos telefônicos apreendidos durante a operação e exames laboratoriais realizados pela Polícia Científica, com o objetivo de reunir mais provas sobre o ocorrido e esclarecer todos os detalhes do crime.
Este caso destaca a importância da atuação coordenada das forças de segurança no combate à violência doméstica e ao feminicídio, além de ressaltar os impactos devastadores da violência psicológica, que muitas vezes precede o feminicídio e outras formas de violência física. A Polícia Civil continua trabalhando para garantir a justiça para Maria Gabriela e para que os responsáveis por esse crime horrendo sejam punidos de acordo com a lei.
A investigação ainda não foi totalmente concluída, e mais informações devem surgir nos próximos dias.