Na manhã desta quarta-feira, 26 de fevereiro, a Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Diretoria de Inteligência e com apoio operacional de diversas delegacias do estado, participou da operação nacional “Pharos”, coordenada pelo Ministério da Justiça. A operação visa combater o armazenamento e a disseminação de conteúdos relacionados ao abuso sexual de crianças e adolescentes, especialmente em plataformas digitais.
Em Santa Catarina, a operação foi realizada nos municípios de Fraiburgo, Leoberto Leal, Tubarão, Itapema e Itajaí, onde foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão. Durante as ações, dispositivos eletrônicos, como celulares, notebooks e pen drives, foram apreendidos, com o intuito de localizar e reunir provas sobre a prática criminosa. As investigações visam identificar os responsáveis pelo compartilhamento e armazenamento desses materiais, que representam uma grave violação dos direitos humanos.
A Operação “Pharos” teve um alcance nacional, com a participação de 19 estados e do Distrito Federal. Em todo o Brasil, foram cumpridos 54 mandados de busca e apreensão. Os alvos da operação são suspeitos de comprar, vender ou compartilhar materiais envolvendo abuso sexual infantil em ambientes digitais, o que configura um crime grave com consequências devastadoras para as vítimas.
A ação de hoje reflete o empenho das autoridades em reprimir a exploração sexual infantil online, um problema que tem crescido significativamente com o aumento do uso da internet. A Polícia Civil de Santa Catarina, juntamente com as demais forças de segurança no país, reforça seu compromisso em combater a violência contra crianças e adolescentes, com a utilização de tecnologias e inteligência policial para rastrear criminosos envolvidos nesses tipos de crimes.
A Polícia Civil destaca que, em qualquer suspeita de abuso sexual de crianças ou adolescentes, a população deve acionar as autoridades por meio dos canais de denúncia, como o disque 100, que permite a comunicação anônima e imediata sobre esses tipos de crime.
A operação é uma resposta firme ao crescente problema da exploração sexual infantil digital e está alinhada a esforços internacionais para proteger as crianças e combater a impunidade nesse campo. O resultado das investigações e as ações subsequentes serão acompanhados com a máxima seriedade e compromisso.

ESTADOS – A ação foi coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), pela Polícia Civil do Paraná, por meio da delegacia de Palmas, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso especializado na aquisição e no compartilhamento de material de abuso sexual infantojuvenil na internet. Até o momento, oito pessoas foram presas.
A operação contou com o apoio da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), e mobilizou as Polícias Civis do Distrito Federal e de 20 estados: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
Durante a ação, foram cumpridos 54 mandados de busca e apreensão domiciliar em 49 municípios, incluindo Salvador (BA), Brasília (DF), Uberlândia (MG), Belém (PA), Rio de Janeiro (RJ), São José dos Campos (SP) e Pelotas (RS). Foram apreendidos computadores, celulares e outros dispositivos eletrônicos que serão analisados pelas autoridades competentes. Mais detalhes sobre a operação podem ser consultados no painel de acompanhamento do Ciberlab.
“Trata-se de um crime de extrema gravidade, e é fundamental que a população esteja atenta, denuncie anonimamente e que as escolas orientem alunos e alunas, incentivando o diálogo com os pais para identificar e reportar casos como esse às autoridades”, afirmou o diretor da Diopi, Rodney da Silva.
As investigações identificaram indivíduos envolvidos na comercialização e na distribuição de conteúdo ilegal por meio de plataformas de mensageria. O objetivo foi desarticular redes criminosas, coletar provas digitais para fortalecer o processo investigativo e garantir a punição dos responsáveis. Além disso, busca conscientizar a sociedade sobre a importância da proteção de crianças e adolescentes no ambiente virtual.
Os investigados poderão responder por crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), cujas penas variam de um a seis anos de reclusão, além de multa.
Operação Pharos
O nome da operação faz referência à palavra grega Pharos, que nomeava a ilha onde foi construído o Farol de Alexandria, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, simbolizando luz na escuridão e proteção.