Florianópolis/SC – 22 de janeiro de 2025
Dois membros de uma torcida organizada do Avaí Futebol Clube foram afastados dos jogos oficiais do time por três meses após se envolverem em uma briga generalizada durante uma partida contra o Vila Nova, no dia 25 de outubro de 2024, em Florianópolis. A decisão foi tomada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio de uma audiência de transação penal, em razão da conduta violenta dos indivíduos nos arredores do Estádio Aderbal Ramos da Silva.
O episódio ocorreu durante a partida do Avaí contra a equipe de Goiás, pelo Campeonato Brasileiro. Segundo relato da Polícia Militar, durante as rondas ao redor do estádio, uma briga envolvendo torcedores das duas equipes eclodiu, provocada por integrantes da torcida organizada Mancha Azul, que arremessaram rojões e incitaram a violência. A confusão obrigou a intervenção de diversas guarnições da PM, que usaram armamentos não letais para conter os agressores, que estavam lançando pedras e garrafas.
Dentre os envolvidos, dois torcedores foram detidos após resistirem à intervenção policial. Um dos detidos estava portando um soco-inglês, um objeto usado para potencializar a força de socos e causar maiores lesões. Ambos se recusaram a cessar a briga, o que levou à necessidade de algemá-los.
Além do afastamento dos jogos, que se estenderá por três meses, os dois torcedores terão que pagar uma multa no valor de meio salário mínimo para evitar a continuidade do processo. Nos dias de jogos do Avaí, os acusados também deverão comparecer ao 4º Batalhão da Polícia Militar de Santa Catarina, uma hora antes do início da partida, e permanecer no local até uma hora após o término da partida.
O Promotor de Justiça Wilson Paulo Mendonça Neto, titular da 29ª Promotoria de Justiça da Capital, afirmou que a medida tomada foi a mais adequada, levando em consideração que ambos os envolvidos eram primários e tinham bons antecedentes. Ele destacou que a violência nos estádios de futebol é um problema sério, que afeta o lazer das famílias e consumidores, e que o Ministério Público continuará atuando com rigor contra esses crimes.
“A medida de afastamento dos estádios e a prestação pecuniária se mostram mais adequadas, mas os autores não estão isentos de outras responsabilidades, como a continuidade da instância penal caso descumpram as condições estabelecidas”, afirmou o Promotor de Justiça.
Este caso é mais um exemplo de enfrentamento à violência nos estádios, uma prática que vem sendo combatida pelo Ministério Público e pelas autoridades responsáveis pela segurança nos eventos esportivos.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC