A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Investigação Criminal (DIC) de Joinville, concluiu a apuração de um sequestro e homicídio ocorrido em Araquari, no norte do estado. O caso, que envolveu a morte de uma jovem, foi elucidado após intensas investigações que contaram com a colaboração das polícias de Santa Catarina e Paraná.
O crime teve início no dia 8 de outubro de 2024, quando a jovem foi sequestrada por um grupo de criminosos. A princípio, o alvo dos sequestradores era o marido da vítima, que estava envolvido com o tráfico de drogas e disputas dentro de uma organização criminosa. No entanto, como a tentativa de homicídio contra o marido não teve sucesso, os criminosos decidiram sequestrar a mulher como uma forma de “queima de arquivo”.
Após ser levada à força do local em que se encontrava com o marido e uma amiga, a vítima foi transportada para Curitiba, no Paraná. Lá, um desentendimento entre os próprios sequestradores resultou na morte de um deles. A jovem foi então levada para o interior do Paraná, onde foi executada com um disparo de arma de fogo.
O corpo da vítima foi encontrado três meses depois, em 14 de janeiro de 2025, em uma plantação de eucalipto na zona rural de Ibaiti, distante cerca de 450 km de Araquari. A investigação, conduzida pelo delegado José Gattaz Neto, levou à identificação e prisão de cinco suspeitos, que já tinham passagens por crimes graves, incluindo homicídios.
A Polícia Civil contou com o apoio do Núcleo de Operações com Cães, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Científica de Santa Catarina e da Polícia Civil do Paraná. A colaboração entre as forças de segurança foi essencial para o avanço das investigações e a captura dos suspeitos.
Ainda há dois indivíduos foragidos, e a Polícia Civil segue em busca deles, com a ajuda da Interpol, que está cooperando nas investigações, inclusive com a possibilidade de os criminosos terem fugido para o Paraguai.
O delegado José Gattaz Neto ressaltou a importância do trabalho conjunto das equipes de segurança e da dedicação dos investigadores para esclarecer um crime de grande complexidade, oferecendo justiça à família da vítima. “Apesar das dificuldades e da distância envolvida, não medimos esforços para localizar os responsáveis e levar a justiça àqueles que tiraram a vida de uma jovem”, afirmou.