Na madrugada deste sábado (21), um acidente devastador entre um ônibus, uma carreta e um carro deixou 38 pessoas mortas na BR-116, em Teófilo Otoni, Minas Gerais. O trágico acidente aconteceu por volta das 3h30, no KM 285, na altura de Lajinha, e resultou em uma das maiores tragédias rodoviárias recentes no estado.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente foi provocado provavelmente pelo estouro de um pneu do ônibus da empresa ENTRAM, que partiu de São Paulo com destino a Vitória da Conquista (BA). O motorista perdeu o controle do veículo, invadiu a contramão e colidiu com uma carreta carregada com blocos de pedra.
A colisão causou um incêndio no ônibus, que rapidamente tomou grandes proporções. Além disso, um carro que estava atrás do ônibus também se envolveu na tragédia.

O Drama de uma Família: Irmão de Sobrevivente Relata a Angústia
Alexandre Silva Pires, irmão de um dos sobreviventes do acidente, contou como ele e sua família haviam planejado sair juntos do Rio de Janeiro, mas, devido ao trânsito, acabaram se separando. “A gente combinou de sairmos juntos, mas não deu certo. Eles acabaram ficando mais à frente”, relembra Alexandre, aliviado por saber que os ocupantes do carro não estavam entre os mortos.
O carro, que levava o irmão dele, a cunhada e um colega de trabalho, foi atingido pela colisão, mas felizmente os ocupantes apesar de feridos, ficaram fora de perigo imediato. Eles foram rapidamente socorridos e levados a um hospital em Teófilo Otoni. “Foi um susto, mas estou mais tranquilo por saber que estão bem”, completou Alexandre.
Causas do Acidente e Impacto da Tragédia
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) acredita que o estouro do pneu foi a principal causa do acidente, mas as investigações ainda estão em andamento. O impacto foi tão violento que o ônibus pegou fogo e várias vítimas morreram carbonizadas. A tragédia também envolveu a carreta que transportava blocos de pedra e um veículo de passeio, cujos ocupantes também sofreram ferimentos graves.
O acidente resultou em uma interdição total da rodovia por cerca de seis horas. O trânsito foi liberado no fim da manhã, mas permanece em esquema de “pare e siga” enquanto a perícia é realizada.

Radar Removido e Retorno de Acidentes na Região
Uma informação relevante que vem sendo apurada é a remoção de radares na região onde o acidente ocorreu. Um radar que limitava a velocidade dos veículos a 60 km/h foi removido recentemente, o que gerou críticas. Nos últimos dias, outros acidentes fatais aconteceram no trecho onde o radar estava instalado, e novas instalações estão previstas para 2025, segundo o DNIT.
Solidariedade e Apoio
A empresa ENTRAM, dona do ônibus envolvido no acidente, lamentou profundamente a tragédia e informou que está colaborando com as investigações. A companhia também afirmou que está oferecendo apoio psicológico às famílias das vítimas e aos sobreviventes.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, também se manifestou em suas redes sociais, expressando sua solidariedade às vítimas e suas famílias: “Toda minha solidariedade aos familiares e amigos”, escreveu Zema.