Após um episódio que provocou polêmica na cidade de Barra Velha, litoral Norte de Santa Catarina, quando um eleitor disse via áudio de WhatsApp, que para conseguir voto “mulher tem que baixar a calcinha”, agora foi a vez do candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal.
Durante o debate da Folha/UOL, enquanto o candidato criticava a postura da adversária Tabata Amaral (PSB), ele disse que ‘mulher não vota em mulher’ porque “é inteligente”. A declaração foi dada na segunda-feira, 30/9, e provocou polêmica.
Marçal disse que, apesar de inteligente, Tabata não tem experiência e que isso impediria mulheres de votarem nela nesta eleição. “Ô, Tabata, se mulher votasse em mulher, você ia ganhar no primeiro turno. A mulher não vota em mulher, mulher é inteligente. Ela tem sabedoria, ela tem experiência. Ela olha para você e vê você sempre nesse embate e não vai votar em você. Se fosse isso, pobre votava em pobre, negro votava em negro”, disse.

“O esforço da Tabata é de parecer a mais sábia. Ela é a mais inteligente. Só que a sabedoria dela é a mais baixa. Por quê? A sabedoria invoca experiência. O fato dela ficar esbravejando como se ela fosse a tia do colégio aqui entre nós, ela quer provar para você que é mulher”, afirmou o candidato.
Guilherme Boulos (PSol) classificou a fala de Marçal como preconceituosa. “Eu lamento a fala preconceituosa do Pablo Marçal insinuando que quem vota em mulheres teria menos inteligência. É lamentável. Triste ouvir isso de alguém que quer governar a maior cidade do brasil”, disse.
Tabata rebateu Marçal dizendo que a rejeição ao candidato disparou. “A única coisa que disparou nessa eleição foi a rejeição de Pablo Marçal. Adivinhem entre quem? Mulheres e, especialmente, mulheres das periferias”.
Desde o início da campanha eleitoral, a rejeição a Pablo Marçal subiu 18 pontos percentuais, segundo o Datafolha. O candidato do PRTB é rejeitado por 48% do eleitorado paulista. Entre as mulheres, sua rejeição é de 53%.