O descontentamento do governo israelense em relação ao governo Lula se deu pela falta de condenação dos recentes ataques terroristas sofridos por Israel. Durante uma reunião com o grupo parlamentar Brasil-Israel da Câmara dos Deputados, o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, destacou que o comunicado oficial do Itamaraty não utilizou a palavra “terrorismo” para se referir aos ataques.
“Uma das coisas que nós dissemos para o Itamaraty é que não tem um caso mais grave de terrorismo. É a definição de terrorismo 100%. E a falta desta palavra no pronunciamento do Itamaraty é… não posso falar contra o governo, mas é uma falta, pelo menos, de sensibilidade”, disse o embaixador israelense.
Mesmo sem poder criticar o governo Lula diretamente, o embaixador israelense considerou essa falta de sensibilidade uma preocupação. Essa insatisfação de Israel pode ter tido influência na abordagem de Lula ao mencionar o Hamas em seu apelo pela defesa das crianças palestinas e israelenses, mesmo sem chamá-lo explicitamente de grupo terrorista. Essa menção pode ter sido uma forma de reconhecer a violência do grupo sem antagonizar diretamente com o governo israelense.
No documento, publicado nesta quarta-feira (11) no X, antigo Twitter, Lula citou o nome do grupo, mas não o chamou de terrorista.
Fonte: Terra Brasil