Ao longo de 12 meses o Setor de Investigação da Delegacia de Polícia da Comarca de Garuva, em Santa Catarina, desvendou detalhes sórdidos de crimes constantes de violência sexual, praticados contra dois meninos à época, por um suspeito hoje com 58 anos de idade.
Segundo as investigações, tudo começou quando as vítimas, hoje adultas, resolveram contar detalhe por detalhe aos pais, de todo o terror que foram submetidos nas mãos do cruel estuprador, que se valia da confiança que a família tinha nele, para praticar os estupros que perdurou desde o ano de 2011.
Em julho do ano passado, exatamente um ano atrás, os pais dessas vítimas, diante de tamanha revelação dos filhos, resolveram então procurar ajuda policial e relatar todo o ocorrido.
De acordo com o relato, o investigado e a esposa dele, trabalhavam num sitio da família e cuidavam das crianças, filhos dos proprietários. Tamanha confiança, fazia com que os proprietários o tivessem como sendo da família o que facilitou a prática criminosa e retirou qualquer suspeita sobre o estuprador.
Com o passar do tempo, as crianças foram se sentindo constrangidas de estarem no mesmo ambiente que o suspeito, porém, por serem muito novas, não compreendiam o que estava acontecendo.
Anos depois as vítimas resolveram contar a verdade sobre os graves abusos as quais eram submetidas, inclusive em situações durante encontros familiares, quando o suspeito se aproveitava da distração da família para cometer atos sexuais contra elas.
Na investigação, foram ouvidas muitas testemunhas, as quais relataram com detalhes a forma que o criminoso praticava os atos.
SÓRDIDO – Na casa do investigado foram encontrados ursinhos de pelúcia. Questionado se havia crianças na residência, filhos ou parentes, o criminoso negou. Posteriormente, com a apreensão de materiais, foi possível obter imagens recentes de outras crianças com os brinquedos expostos.
Diante do risco atual e iminente de novos crimes, houve representação pela prisão preventiva do criminoso ao Poder Judiciário. O Ministério Público atuou de maneira célere para favorecer o cumprimento da ação policial.
O indivíduo foi preso no centro de Garuva, quando retornava do trabalho. Logo após, foi encaminhado até a residência para apreensão de bens relacionados à investigação.
Posteriormente, o preso foi levado ao Presídio Regional de Joinville para procedimentos de praxe. As investigações seguem para obter informações sobre possíveis vítimas recentes, as quais, possivelmente, estariam silenciando diante do desconhecimento de seus pais.
A Polícia reforça a necessidade de colaboração da população para o sucesso da atuação policial na cidade. Denúncias poderão ser realizadas pelo telefone 181. O sigilo é absoluto.








